» SIMBOLOS: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS E APORTE PARA A EDUCAÇÃO INTER RELIGIOSA



 MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS E ALGUNS DE SEUS SÍMBOLOS:

» Subídios Pedagógicos
Sugestão de atividades com símbolos que identificam algumas religiões do mundo.

            No texto que segue são apresentados diversos símbolos que identificam religiões do mundo. Sugerimos entregar cartõezinhos para que os alunos desenhem neles os símbolos, um em cada cartão, e depois unidos  em duplas podem  brincar com o jogo da memória.

            YIN E YANG: Símbolo do Taoísmo Chinês, representam o equilíbrio entre duas forças opostas, que precisam estar em equilíbrio, são forças inerentes a tudo que existe no universo. Ambos os lados se harmonizam, são também as duas polaridades: escuro/claro, positivo/negativo, quente/frio, masculino/feminino. O Yin esta ligado a terra, frio, feminino. O Yang esta ligado ao céu, quente, masculino. As forças opostas do Yin e do Yang são interdependentes e cada uma contém em si a semente ou potencial da outra.

A RODA DA LEI: Os ensinamentos de Buda são freqüentemente simbolizados por uma roda que representa a sucessão dos múltiplos estados do ser. Ligado ao destino da humanidade, não existindo nenhum poder que seja capaz de intervir no sentido de rotação da roda. Diz-se que Buda em seu primeiro sermão colocou a roda do dharma em movimento, ela representa os ensinamentos budistas, e seus oito raios designam os Oito Caminhos que levam à iluminação.

ESTRELA DE DAVI: É um dos símbolos do Judaísmo, estampada no centro da bandeira de Israel. A estrela de Davi tem seis pontas; formada por dois triângulos entrelaçados. Os dois triângulos também simbolizam  o equilíbrio do universo. Este é o principal símbolo do Judaísmo e do Estado de Israel, os triângulos representam o entrelaçamento do sol, fogo e energia masculina com a lua, água e energia feminina.

CRUZ: O cristianismo tem a cruz como um dos principais símbolos, lembrando a morte de Jesus para salvar a humanidade. A cruz vazia simboliza a ressurreição e a ascensão de Jesus. A cruz com o Cristo crucificado pode simbolizar que Jesus morreu crucificado para salvar o homem, dando sua vida por amor à todos.

 LUA CRESCENTE : Tornou-se o símbolo adotado pelo islamismo. Possui uma antiga relação com a realeza, e entre os muçulmanos guarda ressonância com o calendário lunar, que ordena suas vidas religiosas. A lua crescente está se plenificando e espalhando luz, aumentando paulatinamente seu tamanho, do mesmo modo um fiel em sua busca de Alláh. Este símbolo encontra-se estampado em varias bandeiras nacionais do mundo islâmico. Segundo Mitford (2001)  este símbolo estava originalmente associado à Deusa Diana, a imagem da lua crescente foi adotada como símbolo pelo Islã no século 14. A estrela, que denota soberania e divindade, foi acrescentada mais tarde.

OM: É o símbolo mais importante para o Hinduísmo. É o som primordial, o som criador a partir do qual Deus se manifesta. O OM é a reunião de todos os sons. O som OM pode representar a trindade dos deuses da criação (Brhama, Vishnu e Shiva. Crê-se que esta sílaba sagrada seja a “semente” de todos os mantras (palavras ou sons poderosos e divinos). O som A-U-M seria o único eterno, em que o passado, o presente e o futuro coexistem.

A CHAVE é um dos símbolos utilizados pela umbanda, que é uma das religiões dos  afros-descendentes. Simboliza a abertura dos caminhos.
São Pedro é o guardião da chave que para os umbandistas é o Xangô Agodô. O poder das chaves é o que faculta ligar e desligar, abrir ou fechar o céu, poder conferido a São Pedro pelo Cristo.

IBEJIS: cultuados nos cultos afros-descendentes, os ibejis são divindades gêmeas, crianças, algumas vezes representados como feminino e masculino. Protegem quem perdeu um irmão gêmeo ao nascer.

Representam a dualidade, polaridades, os contrários, tudo o que inicia desde a nascente do rio, plantas em brotos.
São brincalhões, teimosos, sorridentes, possessivos. Características de seus filhos que não gostam de burocracia, mas apreciam práticas esportivas.
Seu dia é 27 de setembro, o mesmo de Cosme e Damião.
Conta o mito que Iansã e Xangô tiveram dois filhos gêmeos, houve quando eles ainda eram crianças uma epidemia e um deles morreu. Iansã, amiga dos Eguns – pediu ajuda. Esculpiu um boneco de madeira igual ao filho que havia falecido, enfeitou, vestiu e colocou no lugar de honra da casa. Todos os dias ela colocava oferendas aos seus pés e conversava com a imagem como se fosse seu filho e estivesse vivo. Comovidos os orixás fizeram a estátua de Iansã viver.

 TAMBOR XAMÂNICO: Associado ao xamanismo o  tambor pode simbolizar o som primordial, a verdade divina, a fala...Está associado ao simbolismo do trovão, e para muitos índios representa o coração do universo. Tambores são tradicionalmente usados para acompanhar danças no ritual indígena. Ele também representa o bater do coração e percutido conforme códigos rítmicos distintos tem usos diferenciados, inclusive de conjuração de poderes mágicos.

SHIVA: A mão direita toca um tambor pequeno que marca o ritmo de sua dança. Na mão esquerda apresenta uma língua de fogo na palma. Dança pisando o corpo de um pequeno anão que representa o homem mergulhado na ignorância. A auréola de chamas que o rodeia representa a vitalidade inesgotável bem como a luz do conhecimento.

FONTE: ASSINTEC - Associação Inter-Religiosa de Educação